segunda-feira, 21 de junho de 2010

VIRA-LATAS


VIRA-LATAS (Sergio de Carvalho)

Nascido ao relento
Sem raça nem pedigree
Sem coleira que o aprisione
Perambula solitário e pulguento.

Enxotado por onde passava
Expulso de todo lugar
Feridas pelo corpo
A rua é seu lar.

Banhos só de chuva
Perfumes nem pensar
Vivendo de milagres
Caindo do céu como uma luva!

Revirando latas pelo chão
Catando restos no lixo
Vai sobrevivendo como pode
Sem nunca ter comido ração.

Arrasta-se pelas calçadas
Doente e magricelo
Olhar comovente
Em busca de uma morada.

Quando o fim parecia chegar
Inerte no chão estendido
Eis que alguém se aproxima
Oferecendo-lhe comida e abrigo.

Sua vida desde então mudou
Nada mais lembra aquele cãozinho moribundo
Agora feliz e bem tratado
Nunca mais chorou.

Ao seu benfeitor gratidão eterna
Com o mais puro afeto
Fidelidade a toda prova
Amor incondicional alem da terra.


AMOR NÃO TEM RAÇA ! ADOTE UM VIRA-LATA !

Nenhum comentário:

Postar um comentário